Dra. Melissa N. Zapata

26 setembro, 2025

Introdução Alimentar: o Início de Uma Nova Descoberta


A introdução alimentar é um marco muito importante no desenvolvimento do bebê. A partir dos 6 meses de idade, além do leite materno ou fórmula, o bebê passa a precisar de outros alimentos para suprir suas necessidades nutricionais e continuar crescendo com saúde.

Quando começar?

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a introdução dos alimentos deve ocorrer aos 6 meses completos. Antes disso, o leite materno (ou fórmula) é suficiente para o crescimento e desenvolvimento.

Como oferecer os alimentos?

  • Texturas adequadas: no início, os alimentos devem ser amassados ou em pedaços macios (evitar bater no liquidificador).

  • Variedade: oferecer frutas, legumes, verduras, cereais, feijões, ovos, carnes e tubérculos.

  • Sem açúcar e sal: até os 2 anos, não é recomendado adicionar sal, açúcar, mel, sucos artificiais, refrigerantes ou ultraprocessados.

  • Água: a partir da introdução alimentar, a criança pode e deve começar a receber água filtrada ou fervida, em copinho.

Dicas práticas para as famílias

  • Respeite a fome e a saciedade do bebê. Obrigar a comer pode gerar rejeição.

  • Apresente os alimentos repetidas vezes, mesmo que o bebê não aceite na primeira tentativa.          

  • O momento deve ser tranquilo, sem telas (TV, celular).

  • O bebê deve estar sentado com segurança, de preferência na cadeirinha adequada.

E o papel da família?

A criança aprende pelo exemplo. Quando a família se alimenta bem, variando frutas, verduras e legumes, aumenta a chance de a criança aceitar novos alimentos.

✨ A introdução alimentar é um momento de descobertas, sabores e texturas. Cabe à família transformar essa fase em uma experiência positiva, divertida e saudável.

👉 Se você deseja orientações personalizadas ou tem dúvidas sobre o processo, agende uma consulta! O acompanhamento pediátrico faz toda a diferença para um crescimento saudável.

 

26 setembro, 2025

Benefícios da Laserterapia em Pediatria 

A Laserterapia, ou melhor fotobiomodulação, tem ganhado espaço como uma ferramenta segura e eficaz no cuidado pediátrico. Utilizando a luz como forma de tratamento, essa terapia auxilia na recuperação de diferentes condições de forma indolor e não invasiva, o que a torna especialmente adequada para crianças, além de ser um processo extremamente rápido que com efeito prolongado no nosso organismo.

Principais benefícios da Laserterapia:

  • Alívio da dor: ajuda a reduzir o desconforto sem necessidade de medicamentos em excesso. 

  • Ação anti-inflamatória: contribui para a diminuição da inflamação local, acelerando a recuperação.

  • Melhora da cicatrização: estimula a regeneração tecidual, sendo útil em aftas, feridas e outros processos.

  • Segurança: é um método seguro, bem tolerado pelos pequenos pacientes e realizado sempre com proteção adequada.



  • Na pediatria, a Laserterapia pode ser indicada em situações como aftas recorrentes, doença pé-mão-boca, dor dente, sinusite, amigdalite, infecções respiratórias no geral, processos inflamatórios e até como suporte em tratamentos odontológicos.

👉 Se o seu filho pode se beneficiar dessa terapia, agende uma consulta pelo nosso site e saiba mais sobre como a Laserterapia pode ajudar na saúde e no bem-estar dele.


 

26 setembro, 2025

Febre em crianças: o que mudou nas novas orientações da SBP

A febre é um dos sintomas mais comuns que levam pais e cuidadores a buscar atendimento pediátrico. Mas há muita informação desencontrada — e mesmo medo (“febrefobia”) — circulando. Para atualizar e padronizar condutas, a SBP publicou um documento recente com recomendações novas para abordagem da febre aguda. SBP+2SBP+2

Aqui está o que você precisa saber — e o que orientar aos pais — sobre febre em crianças, segundo a SBP.


🔍 O que é febre — e o que mudou

  • A febre não é uma doença, e sim um sinal de que o corpo está reagindo a uma agressão (infecção, inflamação, etc.). SBP+2SBP+2

  • Nova definição pela SBP: temperatura axilar ≥ 37,5 °C já é considerada febre. Drauzio Varella+2SBP+2

  • A aferição da temperatura axilar com termômetro digital é a mais indicada na prática domiciliar, por ser confiável e pouco invasiva. SBP+1

  • Temperaturas maiores ou medidas em locais diferentes (oral, retal, timpânica) têm faixas de normalidade distintas, mas para uso comum na infância a medida axilar é padrão de referência. SBP+1


⚠️ Nem toda febre exige medicamento

Um dos principais pontos das novas diretrizes é que o tratamento da febre deve levar mais em conta o desconforto da criança do que o valor numérico da temperaturaSBP+2Drauzio Varella+2

Você pode orientar os pais assim:

  • Se a criança está bem, ativa, hidratada, com apetite razoável e sem dor intensa — mesmo com 38,5 °C — não há necessidade urgente de antitérmico.

  • Se houver desconforto evidente (irritabilidade, choro intenso, sono comprometido, recusa alimentar, dor), aí sim é justificável usar antitérmicos.

  • O objetivo é melhorar o bem-estar, não “zerar” a febre.


💊 Quais antitérmicos usar — e o que evitar

De acordo com a SBP:

  • Antitérmicos recomendados no Brasil: paracetamol, ibuprofeno e dipirona (nas doses apropriadas). SBP+2Drauzio Varella+2

  • Aspirina (ácido acetilsalicílico) não é indicada para crianças, devido ao risco da síndrome de Reye. SBP+2SBP+2

  • Não se recomenda alternar ou associar antitérmicos (ex: paracetamol + ibuprofeno alternados): isso pode causar confusão para os pais e risco de overdoses, sem benefício comprovado. SBP+2Drauzio Varella+2

  • Respeite os intervalos mínimos entre doses (ex: 6–8 horas, conforme medicamento) e calcule as doses por kg de peso.


🚿 Métodos físicos: uso limitado

A SBP é clara: métodos físicos (banhos frios, compressas geladas etc.) não devem ser usados de rotina para baixar a febre, salvo em situações de hipertermia grave (temperatura central ≥ 40 °C com risco de lesão) ou para auxiliar quando a criança está muito quente. SBP+2SBP+2

Isso porque muitas dessas medidas trazem desconforto (tremores, frio) e têm eficácia limitada em reduzir o ponto de termorregulação.


👶 Quando se preocupar — sinais de alerta

Embora febre seja comum e majoritariamente leve, há situações que exigem avaliação médica imediata:

  • Bebês < 3 meses com temperatura ≥ 38 °C (ou < 35,5 °C). SBP+1

  • Febre persistente com queda do estado geral: criança apática, muito irritada, recusa alimentar, vômitos persistentes, dificuldade para respirar, convulsão, rigidez de nuca, petéquias, sinais neurológicos, etc. SBP+2SBP+2

  • Se, mesmo após medidas e antitérmicos, o desconforto mantiver-se ou a febre persistir por muitos dias — avaliação médica para buscar causa subjacente.